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quinta-feira, 9 de julho de 2009

-->PAPEL DA CIÊNCIA NA GÊNESE


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Resumo 1: CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA
Resumo 2: D E U S
Resumo 3: O BEM E O MAL
Resumo 4: PAPEL DA CIÊNCIA NA GÊNESE
Resumo 5 - URANOGRAFIA GERAL
Resumo 6: ESBOÇO GEOLÓGICO DA TERRA
Resumo 7: Teorias sobre a formação da Terra
Resumo 8: REVOLUÇÕES DO GLOBO
Resumo 9: GÊNESE ORGÂNICA
Resumo 10: GÊNESE ESPIRITUAL
Resumo 11: GÊNESE MOSAICA
Resumo 12: Caracteres dos Milagres
Resumo 13: OS FLUÍDOS
Resumo 14: OS MILAGRES DO EVANGELHO
Resumo 15: AS PREDIÇÕES segundo o Espiritismo
Resumo 16 - PREDIÇÕES DO EVANGELHO
Resumo 17 - SÃO CHEGADOS OS
PAPEL DA CIÊNCIA NA GÊNESE
A religião era preponderante na história dos povos antigos, de tal modo que os primeiros livros sagrados continham toda a ciência e as leis civis da época. Sendo imperfeitos seus meios de observação, também incompletas eram as teorias sobre a criação. O desenvolvimento das ciências proporcionou ao homem os dados necessários ao surgimento de uma Gênese positiva e, de certo modo, experimental.
Acompanhou-se a formação gradual dos astros através de leis eternas e imutáveis, que demonstravam a grandeza e sabedoria do Criador.

A gênese de Moisés, dentre as teorias antigas, é a que mais se aproxima dos dados científicos atuais, levando-se em conta que seu conteúdo original deturpou-se nas traduções de língua para língua, além do fato de os escritos antigos serem feitos de modo alegórico.
O receio de comprometer o conteúdo das crenças contidas na Bíblia, de ferir o princípio da imutabilidade da fé, além da falta de conhecimentos científicos, fez com que o homem permanecesse estacionário em progresso, até que a Ciência viesse a demonstrar os erros da Gênese moisaica tomada ao pé da letra.

Mesmo respeitando-se a Bíblia como sendo revelação divina, deve ser considerado que nenhuma revelação pode sobrepor-se à autoridade dos fatos, de modo que, diante das flagrantes contradições entre as descobertas científicas e os Textos Sagrados, conclui-se que foram as revelações mal interpretadas. A Ciência segue seu caminho em busca da verdade e as religiões não podem permanecer estacionarias. "Uma religião que não estivesse, por nenhum ponto, em contradição com as leis da Natureza, nada teria que temer do progresso e seria invulnerável".

A Gênese se divide em duas partes:

1)- A história da formação do mundo material;
2)- A história da Humanidade e seu princípio corporal e espiritual.

A Ciência tem estudado a primeira parte, completando a Gênese de Moisés, deixando à Filosofia o estudo da segunda, a qual chegou a conclusões contraditórias, o que levou muitas pessoas a seguir a religião convencional. Todas as religiões pregam a existência da alma. Quanto à sua origem, passado e futuro, impõem os dogmas que pressupõem a fé cega levando a muitos a dúvida e a incredulidade; A incerteza quanto ao futuro leva o homem à predominância do interesse às coisas da vida material.

O mecanismo do Universo e a formação da Terra só foram entendidos quando se conheceu as leis que regem a matéria. Por desconhecer as leis que regem o princípio espiritual, permanece a Metafísica no campo das teorias e especulação. A Mediunidade foi para o mundo espiritual o que o telescópio representou para a Astronomia, permitindo ao Espiritismo experimental o estudo das relações entre o ser material e o ser inteligente, o que permitiu seguir-se a alma em sua marcha ascendente, suas migrações e transformações. Era o instrumento que faltava aos comentadores da Gênese para a compreenderem e lhe retificarem os erros. Sendo solidários os dois mundos, somente o conhecimento de suas leis permitiu a constituição de uma Gênese completa, embora aproximativa.

Capitulo V
ANTIGOS E MODERNOS SISTEMAS DO MUNDO

Na antiguidade, desconhecendo as leis da física e sem dispor de qualquer instrumento de observação além de seus sentidos, os homens acreditavam que o Sol girava em torno da Terra, que se constituía em uma superfície circular plana. O céu era uma abóbada cheia de ar apoiada nos bordos da Terra, sendo as estrelas pontos luminosos engastados nela. Entendiam ser as chuvas provenientes das águas superiores que escapavam pelas frestas da abóbada. Ao perceber movimento dos astros explicavam como sendo o resultado da rotação da abóbada arrastando consigo as estrelas nela fixadas. Mais tarde percebeu-se que a abóbada teria que ser uma esfera inteira, oca, contendo no centro a Terra, chata ou convexa, habitada em sua parte superior, sem poder-se explicar qual o seu suporte.
As Teogonias pagãs situavam o inferno nos lugares baixos, sob a Terra, estando o Céu nos lugares altos, além das estrelas.
Observadores da Caldéia, Índia e Egito notaram que certas estrelas tinham movimento próprio - as estrelas errantes ou planetas. Notou-se a imobilidade da Estrela Polar em cuja volta outras descreviam círculos oblíquos, chegando-se ao conhecimento da obliqüidade do eixo da Terra. Verificação da estrela polar em diferentes latitudes levou à descoberta da esfericidade da Terra, por Tales, de Mileto, em 600 a.C.. Pitágoras em 500 a.C. descobriu o giro da Terra sobre seu eixo e seu movimento junto com os outros planetas em torno do Sol. Hiparco em 160 a.C. Inventou o astrolábio relativo aos eclipses, manchas do sol, revoluções da Lua.
Tais conhecimentos, entretanto, ficaram restritos aos filósofos e seus discípulos por mais de 2.000 anos. Em 140 d.C. Ptolomeu compôs um sistema misto em que a Terra seria o centro do Universo, com uma região elementar (terra. Água, ar e fogo) e uma etérea composta de onze céus superpostos, além dos quais estaria o Empíreo (habitação dos bem-aventurados). No início de 1.500 d.C. COPÉRNICO, a partir das idéias de Pitágoras, apresentou o Sol como o centro do sistema planetário, sendo a Lua o satélite da Terra. Com Galileu, inventor do telescópio (1.610), o sistema de Copérnico veio a ser confirmado, reconhecendo-se que as estrelas são sóis - centros de outros sistemas planetários- as constelações são agregados aparentes que desapareceriam se delas pudéssemos aproximar-nos.
Tais conhecimentos, divulgados graças à tipografia tornaram-se públicos tornando minoria os sustentadores das velhas idéias. Descerrou-se a venda e os homens puderam melhor fazer idéia da sublimidade da obra Divina. Em seguida vieram: Kepler que descobriu serem elípticas as órbitas dos planetas, sendo o Sol um dos focos. Newton descobriu a lei da gravitação universal, Laplace criou a mecânica celeste.

A Astronomia tornou-se uma Ciência com base no cálculo e na geometria, uma das pedras fundamentais da GÊNESE após 3.300 anos de Moisés.
Fonte: http://www.se-novaera.org.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=706
URANOGRAFIA GERAL
Capítulo extraído das comunicações do espírito de Galileu através do médium Camile Flamarion- 1.862/3.

O espaço e o tempo

"O espaço é infinito". Nossa razão se recusaria a aceitar um limite no espaço além do qual nada existisse. Mais lógico se nos afigura avançar em pensamento eternamente pelo espaço. Entretanto, mesmo que o fizéssemos por séculos a fio, em qualquer direção, na realidade nem um passo estaríamos avançando.
"O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; a ETERNIDADE não é suscetível de medida alguma, do ponto de vista da duração; para ela, não há começo nem fim: tudo lhe é presente." Imaginemos, no início da Gênese da Terra, a primeira hora, a primeira tarde e manhã; Depois, o último dia do mundo. Neste período ocorreu a sucessão dos eventos; Com a última hora cessam os movimentos terrestres que mediam o tempo e este acaba com eles. Cada mundo na vasta amplidão conta seu tempo próprio, incompatível com os outros mundos. Fora deles, somente a Eternidade enche tranqüilamente com sua luz imóvel a imensidade sem limite dos céus.

A matéria

A matéria se nos apresenta em diversas formas e propriedades. A Química demonstrou que os elementos terrestres são compostos de variadas substâncias, combinadas ao infinito, que podem ser decompostos atingindo os princípios denominados corpos simples como o oxigênio, hidrogênio, azoto, cloro, carbono, fósforo, enxofre, iodo (não metálicos), e ouro, prata, platina, mercúrio, chumbo, estanho, zinco, ferro, cobre, sódio, potássio, etc. entre os metálicos.

Sendo ilimitado o número de forças que agem sobre a transformação da matéria, também variadas e ilimitadas são suas combinações. Entretanto, todos os corpos ponderáveis assim como os fluídos (imponderáveis) originam-se de uma única substância primitiva: o COSMO (fluído cósmico universal).

As leis e as forças

O fluído etéreo primitivo enche o espaço, penetra todos os corpos, sendo-lhe inerentes as múltiplas forças, eternas e universais, que agem sobre a matéria por ele gerada, como a gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa. Seus movimentos vibratórios manifestam-se como som, calor, luz, etc. que variam seus efeitos de conformidade com o meio em que agem.
Todas estas forças, modificando suas ações com a finalidade de gerenciar os ciclos do mundo e da Natureza, dependem de uma lei universal - também diversificada em seus efeitos - destinada a imprimir harmonia e estabilidade à criação. O universo se caracteriza pela unidade-variedade. Em todos os mundos encontra-se a unidade de harmonia e de criação, junto a uma variedade infinita. Observa-se a Lei de continuidade em toda a escala da criação. A lei universal é a resultante e a geratriz de todas as forças que agem sobre o universo. A gravitação e a eletricidade são exemplos de aplicação da lei primordial, que impera por todo o cosmo.

A criação primária

DEUS existe desde toda a eternidade. Como não se pode imaginá-lo inativo ou infecundo em qualquer momento, deduz-se que criou desde toda a eternidade. O começo absoluto de todas as coisas remonta ao Criador. O Universo nasceu criança. Inicialmente o fluído cósmico fez nascer aglomerações, turbilhões de matéria nebulosa, que modificadas ao infinito, deram origem, em todas as regiões do cosmo, aos diversos centros de criações simultâneas ou sucessivas. Destes centros, alguns em menor número e mais ricos em princípios e forças atuantes, logo iniciaram sua vida astral própria. Outros, cresceram lentamente ou se subdividiram.
Devemos nos conscientizar de que atrás de nós como à nossa frente está a Eternidade. O espaço "é teatro de inimaginável sucessão e simultaneidade de criações". As nebulosas podem ser aglomerados de astros em via de formação, vias-lácteas de mundos habitados ou sedes de catástrofes e destruição.

A criação universal

A matéria cósmica primitiva, além de estar revestida das leis que asseguram a estabilidade dos mundos, contém também o fluído vital que forma as gerações espontâneas nos mundos, tão logo desenvolvam as condições necessárias ao surgimento da vida.
Faz parte da criação o mundo espiritual. Quanto à criação dos espíritos revela-nos Galileu: "O espírito não chega a receber a iluminação divina, que lhe dá, simultaneamente com o livre-arbítrio e a consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização".
Os sóis e os planetas

Condensando-se a matéria cósmica em forma de nebulosa, animada das leis universais que regem a matéria, adquiriu a forma de esferóide. A gravitação de todas as zonas moleculares em direção ao centro produziu o movimento circular, modificando a esfera até atingir a forma lenticular. Surgiram as forças centrípeta e centrífuga. Predominando a força centrífuga, ocorreu desligamento de parte da massa da nebulosa, formando um anel do qual resultou nova massa esferóide que passou a executar movimento de translação em torno da massa central, além de rotação em torno do próprio centro.
Condensando-se paulatinamente a massa geratriz, retomou a forma esférica. Devido ao extremo calor desenvolvido por seus movimentos, muitas massas tornaram a se destacar, formando centenas de sóis, que pelo mesmo processo geraram os planetas que gravitam ao seu redor. Cada planeta recebeu uma vida particular, embora dependente do astro que o gerou.
Os satélites

Da região equatorial (onde maior é a força centrífuga) de algumas das massas planetárias, antes destas solidificarem-se por efeito do resfriamento, ocorreu o desprendimento de massas menores, passando a girar em torno de seu planeta de origem. No caso específico da Lua, as leis e a força que presidiram seu nascimento lhe imprimiram a forma ovóide, fazendo com que as partes mais densas se concentrassem no lado voltado para a Terra; o centro de gravidade, deslocado para a parte inferior, faz com que a Lua apresente sempre a mesma face à Terra. Quanto a Saturno, desprenderam-se-lhe moléculas homogêneas, com igual densidade, o que resultou em seu anel.
Os cometas
São astros errantes resultantes da aplicação pela Natureza da Lei de Variedade, destinados a explorar os impérios solares. Durante seu caminho enriquecem-se, às vezes, de fragmentos planetários reduzidos ao estado de vapor, absorvendo assim "os princípios vivificantes e renovadores que derramam sobre os mundos terrestres". Possuem movimentos combinados, percorrendo órbita elíptica de muitos milhares de km. em seu perigeu, passando a parabólica em seu apogeu, quando em tempo igual, percorrem apenas alguns metros.
A Via-Láctea

De aparência leitosa, esbranquiçada a olho nu, que atravessa o céu de uma extremidade a outra, quando observada através do telescópio demonstra tratar-se, em lugar de fraca luminosidade, de milhões de sóis, mais luminosos do que o sol de nosso sistema planetário. São também mais importantes, pois servem como habitação de seres em maior grau de inteligência e elevação moral relativamente ao nosso sistema.
A via-láctea se nos parece mais vasta e rica que as outras, é porque, fazendo parte dela, nos cerca e se desenvolve sob nossos olhares. Representa, porém, nada mais do que "um ponto insensível e inapreciável, vista de longe, porquanto ela não é mais do que uma nebulosa estelar, entre os milhões das que existem no espaço". Neste contexto pode-se compreender a insignificância de nosso globo terrestre.

As estrelas fixas

Assim como nosso sol avança pelo espaço em companhia de outros sóis da mesma ordem, arrastando consigo seu vasto sistema de planetas, satélites e cometas, todos gravitando em torno de um sol central, também as estrelas chamadas "fixas" estão sujeitas às leis universais de gravitação; movem-se segundo órbitas fechadas cujo centro um astro superior ocupa. A distância em que se situam da Terra e a perspectiva sob a qual são observadas, causam a ilusão de que estão fixas no firmamento.
Todos os sóis que compõem a via-láctea são solidários e obedecem a uma hierarquia, subordinados uns aos outros, "como rodas gigantescas de uma engrenagem imensa".
Cada sol está em sua maioria cercado de muitos planetas, iluminados e fecundados segundo as mesmas leis que comandam nosso sistema. Alguns têm dimensões e importância milhares de vezes superiores ao nosso. Outros formam sistemas binários ou ternários, iluminando os seus mundos com fachos duplos ou triplos, criando condições de existência acima de nossa imaginação. Outros ainda são privados de planetas, porém com condições privilegiadas de habitabilidade. "Na sua imensidade, as leis da Natureza se diversificam e, se a unidade é a grande expressão do Universo, a variedade infinita é igualmente seu eterno atributo".

Os desertos do espaço

A nebulosa de que fazemos parte é como uma "ilha no arquipélago do infinito". Cada nebulosa encontra-se afastada das outras, todas envolvidas por um deserto sideral de extensão inimaginável. Tal é a distância que as separa que receberam o nome de nebulosas irresolúveis, por parecerem nuvens de poeira cósmica. "Lá se revelam e desdobram novos mundos, cujas condições variadas e diversas das que são peculiares ao vosso globo lhes dão uma vida que as vossas concepções não podem imaginar nem vossos estudos comprovar".
Eterna sucessão dos mundos
Uma única lei, primordial e geral foi outorgada ao Universo e lhe assegura a harmonia, estabilidade e eternidade. Manifesta-se pelas diversas forças que impulsionam a escala da criação, primeiramente como centro fluídico dos movimentos, como geradora dos mundos e depois como "núcleo central de atração das esferas que lhe nasceram do seio". As mesmas leis geradoras dos mundos presidem sua destruição quando neles se extingue a vida. Desagregados, os elementos constitutivos serão assimilados por outros corpos, renovando ainda outras criações de diferente natureza, garantindo assim a "eternidade real e efetiva do Universo". Muitas das estrelas que contemplamos poderão não mais existir atualmente, pois, em virtude da imensa distância relativa à Terra, poderemos estar recebendo raios de luz emitidos há milhares de anos após sua destruição.
Não temos condições, mesmo em pensamento, de avaliar a imensidade e eternidade do universo. Após havermos percorrido os diversos degraus da hierarquia cosmológica, por incontáveis séculos, "teremos diante de nós a sucessão ilimitada dos mundos e por perspectiva a eternidade imóvel".
A vida universal

A universalidade de astros que circulam no cosmos serve de base a uma mesma família humana e solidária, sujeita à lei da Fraternidade Universal. "Se os astros que se harmonizam em seus vastos sistemas são habitados por inteligências, não o são por seres desconhecidos uns dos outros, mas, ao contrário, por seres que trazem marcado na fronte o mesmo destino, que se hão de encontrar temporariamente, segundo suas funções de vida, e encontrar de novo, segundo suas mútuas simpatias".
Diversidade dos mundos
Observando a Natureza terrestre podemos constatar a infinita variedade de produções, muito embora a unicidade em sua harmonia geral. Assim como nenhum rosto humano é igual a outro, também uma infinita diversidade ocorre pela imensidão de mundos que vogam pelo espaço, de acordo com as variadas condições e finalidades específicas que a cada um coube no cenário cósmico.
Não nos iludamos, pensando que os sistemas planetários sejam todos iguais ao nosso.
FONTE|:http://www.se-novaera.org.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=709
SÃO CHEGADOS OS TEMPOS
Sinais dos tempos
Nosso globo está, como todos os outros, sujeito à lei do progresso; progride "fisicamente, pela transformação dos elementos que o compõem" e, de modo paralelo, "moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam"; quando a Humanidade se torna "madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus". As leis de Deus são imutáveis porque Seu pensamento "que em tudo penetra, é a força inteligente e permanente que mantém a harmonia em tudo". O Universo é "um mecanismo imensurável" onde atuam incontáveis inteligências subordinadas ao Criador, sob Suas vistas e de acordo com a grande lei de unidade.
Inicia-se para os homens o período em que deverão fazer "que entre si reinem a caridade, a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral". Para tanto é necessário, mais que inteligência, a elevação do sentimento, com a destruição do egoísmo e do orgulho que ainda subsiste. "Trata-se de um movimento universal a operar-se no sentido do progresso moral". Tal movimento causará luta de idéias e não cataclismos materiais.As transformações da Humanidade podem ocorrer de modo gradual, perceptíveis somente após épocas consecutivas, ou mediante crises penosas, dolorosas, que "arrebatam consigo as gerações e instituições, mas são sempre seguidas de uma fase de progresso material e moral". Há mais de dois séculos ocorre esse trabalho de transformação do mundo dos encarnados, com a interação dos desencarnados, "até que haja outra vez estabilizado em novas bases", quando estarão mudados os costumes, caráter, leis, crenças, "numa palavra: todo o seu estado social".Os astros influenciam uns aos outros durante seu movimento de translação pelo espaço, podendo causar perturbações que coincidam "pelo encadeamento e a solidariedade das causas e dos efeitos" com os "períodos de renovação da Humanidade", causando fenômenos como tremores de terra e flagelos diversos, sendo interpretados pelos ignorantes como "sinais no céu".
Encontra-se portanto a Humanidade num período de crescimento moral, chegando ao estado adulto, onde a razão amadurece e lhe dá consciência de um destino mais amplo além das limitações da vida corpórea; perscruta o passado e projeta-se no futuro "a fim de descobrir num e noutro o mistério da sua existência e de adquirir uma consoladora certeza".
O Espiritismo "abre à Humanidade uma estrada nova e lhe desvenda os horizontes do infinito". Leva à certeza na imortalidade da alma, a alternância entre a vida espiritual e a corpórea para a realização do progresso até chegar à perfeição, muito mais digna da justiça do Criador, evidenciando a aberração do pensamento materialista que circunscreve a vida humana em apenas uma existência. Prega a fraternidade assentada na fé racional, ou seja, nos princípios fundamentais: Deus, alma, futuro, progresso individual indefinido, perpetuidade das relações entre os seres.O progresso intelectual já alcançado representa "uma primeira fase no avanço geral da Humanidade", porém a felicidade na Terra somente ocorrerá com o progresso moral, pois, "enquanto o orgulho e o egoísmo o dominarem, o homem se servirá da sua inteligência" "para satisfazer às suas paixões e aos seus interesses pessoais". Então cairão por terra "as barreiras que separam os povos", os antagonismos de seitas, e os homens aprenderão a viver como irmãos unidos numa mesma crença - "fundamento mais sólido da fraternidade universal".Sinais desta transformação já são evidentes com a criação de inúmeras "instituições protetoras, civilizadoras e emancipadoras" propiciando reformas que se consolidarão à medida de uma "predisposição moral mais generalizada", com a predominância da "caridade, fraternidade, benevolência para com todos". A aceitação às idéias espiritualistas em detrimento das materialistas é outro sinal que vem refletir "a necessidade de respirar um ar mais vivificante".
O Espiritismo nasceu no exato momento em que a Humanidade se encontrava cansada da dúvida e da incerteza sendo acolhido pelos homens progressistas "como âncora de salvação e consolação suprema". A velha geração materialista cede lugar à geração nova, cuja madureza promoverá a renovação social, cabendo ao Espiritismo, com sua tendência progressista e poder moralizador, secundar tal movimento de regeneração.

A geração nova
"A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá que transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração". Cada um dos Espíritos "ainda não tocados pelo bem", ao desencarnarem, serão encaminhados a mundos inferiores ou reencarnarão em "raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem", cabendo-lhes transmitir seus conhecimentos a fim de fazê-los avançar. A ordem natural das coisas não será afetada, pois, cada Espírito expurgado será substituído por "um mais adiantado e propenso ao bem".Estando numa época de transição, assistimos ao choque das idéias entre a nova geração, à qual cabe "fundar a era do progresso moral", (cujas características são: inteligência e razão precoces, "sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas"; tendo já progredido, assimilam todas as idéias progressistas) e a velha geração, composta de Espíritos atrasados, revoltados contra Deus, negando-se a "reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos", com propensão instintiva às paixões degradantes, ao orgulho, inveja, ciúme, sensualidade, cupidez, avareza.
Sendo tais vícios "incompatíveis com o reinado da fraternidade", terá a Terra que ficar livre deles, para que os homens caminhem para "o futuro melhor que lhes está reservado".Alguns dos Espíritos retardatários, entretanto, ao retornar ao mundo espiritual individualmente ou de forma coletiva, e sob a influência de "Espíritos benévolos que por eles se interessam", se modificam, passando a estar em condições de reencarnar na Terra "com idéias inatas de fé", encontrando já um meio mais propício ao desenvolvimento de suas faculdades. Com a modificação das disposições morais, opera-se portanto a regeneração da Humanidade, mesmo não havendo a renovação integral dos Espíritos. Portanto, nem sempre os que voltam são novos Espíritos; podem tratar-se dos mesmos, porém com pensamentos e sentimentos modificados.Após grandes choques que dizimam as populações, observam-se modificações que tendem a alterar "profundamente as idéias de um povo ou de uma raça", pela ativação do "movimento progressivo dos Espíritos" encarnados e desencarnados "".Presentemente (Obs: A Gênese de Kardec foi publicada em 1.868) opera-se "um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade".
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REVOLUÇÕES DO GLOBO
Revoluções gerais ou parciais

As revoluções gerais ocorreram durante as fases de consolidação da crosta terrestre; são os períodos geológicos que se sucederam de forma lenta e gradual, exceto o período diluviano que transcorreu de forma repentina.

Desde que atingida a solidificação da crosta, passaram a ocorrer somente modificações parciais da superfície, pela ação do fogo e das águas. O fogo produziu erupções vulcânicas ou terremotos, com todas as suas conseqüências, levantamentos ou afundamentos de regiões da crosta, dando origem a ilhas oceânicas e desaparecimento de outras tantas. Quanto às águas, inundaram ou ampliaram costas, formaram lagos, " aterros nas embocaduras dos rios que rechaçando o mar, criaram novos territórios", como o delta do Nilo e delta do Ródano.

Idade das montanhas

A idade das montanhas não representa o nº de anos de sua existência mas sim o período geológico em que se formaram. Assim, constatou-se que são do período de transição as montanhas dos: Vosges da Bretanha, Côte-d' Or na França. São do período secundário: Jura, contemporâneo dos répteis gigantes. Terciário: Pirineus, Monte Branco, Alpes ocidentais, Alpes orientais(Tirol). Período Diluviano: algumas montanhas da Ásia.

Dilúvio bíblico

É conhecido como "grande dilúvio asiático". Mares interiores como o de Azof e o mar Cáspio, e águas salgadas e sem comunicação com outros mares, além de outros fatores, comprovam a tese de que foi causado por levantamento de parte de montanhas da Ásia, provocando inundações na Mesopotâmia e demais regiões em que vivia o povo hebreu. Foi portanto de efeitos locais e não universais como sugere o livro de Moisés, tanto que a chuva não teria condições de provocar a inundação de toda a Terra.

O dilúvio asiático conservou-se na memória dos povos, sendo, portanto, posterior ao surgimento do homem na Terra. "É igualmente posterior ao grande dilúvio universal que assinalou o início do atual período geológico".

Revoluções periódicas

Além dos movimentos de translação e rotação, a Terra executa um terceiro movimento sobre seu eixo como o de um "pião a morrer", movimento que se completa a cada 25.868 anos, produzindo o fenômeno chamado "precessão dos equinócios". O equinócio é o momento em que o sol, em seu movimento de um hemisfério a outro, se encontra perpendicular ao equador, o que ocorre em 21 de março e a 22 de setembro de cada ano. Como a cada ano o momento do equinócio avança alguns minutos, resulta que o equinócio da primavera (mês de março), ocorrerá futuramente em fev., depois, jan., dez., fazendo com que a temperatura do mês se altere, voltando gradativamente ao estágio original ao completar o período de 25.868 anos. A esse avanço do momento dos equinócios denominou-se "precessão dos equinócios".

As conseqüências desse movimento são:

1)- O aquecimento com fusão dos gelos polares até à metade do período e posterior resfriamento gradativo até novamente congelarem-se, permitindo aos polos gozarem de fertilidade no período após o degelo.
2)- O deslocamento do mar, inundando lenta e gradativamente algumas terras, fazendo com que as populações de geração para geração se desloquem para regiões mais altas, voltando as águas posteriormente ao leito anterior. Enquanto estão imersas, as terras recuperam os princípios vitais esgotados, através dos depósitos de matérias orgânicas, ressurgindo novamente férteis após o afastamento das águas.

Cataclismos futuros

Alcançada já a solidificação da crosta e extintos a maioria dos vulcões, não é de se esperar a ocorrência das grandes comoções telúricas. Erupções vulcânicas ainda ocorrem, causando perturbações locais, como inundações das áreas próximas.
A natureza fluídica dos cometas afasta qualquer receio de choque contra a Terra, pois, se ocorresse, a atravessaria sem causar dano. Por outro lado a "regularidade e a invariabilidade das leis que presidem aos movimentos dos corpos celestes" afasta qualquer hipótese de choque entre planetas.

A Terra terá logicamente um fim. Entretanto, atualmente acabou de sair da infância, entrando em um período de progresso pacífico com fenômenos regulares e com o concurso do homem. "Está, porém, ainda, em pleno trabalho de gestação do progresso moral. Aí residirá a causa das suas maiores comoções. Até que a Humanidade se haja avantajado suficientemente em perfeição, pela inteligência e pela observância das leis divinas, as maiores perturbações ainda serão causadas pelos homens, mais do que pela Natureza, isto é, serão antes morais e sociais do que físicas".

Aumento ou diminuição do volume da Terra

O espírito de Galileu manifestou em 1.868, opinião a respeito, esclarecendo que "os mundos se esgotam pelo envelhecimento e tendem a dissolver-se para servir de elementos de formação a outros universos". No período de formação, ocorre a condensação da matéria com redução do volume, porém conservando a mesma massa; no segundo período há a contração e solidificação da crosta, desenvolvimento da vida até a forma mais aperfeiçoada. À medida que os habitantes progridem espiritualmente, o mundo passa a um decrescimento material, sofrendo perdas e gradual desagregação de moléculas até chegar à completa dissolução. Ao diminuir a massa do globo, passa a ser dominado gravitalmente por planetas mais poderosos, alterando seus movimentos e conseqüentemente as condições de vida. É a terceira fase: decrepitude, após passar pela infância e virilidade. "Indestrutível, só o Espírito, que não é matéria".
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