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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Nascimento de Jesus


Celebramos o Seu aniversário em 25 de dezembro. Ele não nasceu nessa data.Ele teria nascido entre os dias 2 a 4 de abril, segundo alguns historiadores. A data é muito imprecisa, por motivos compreensíveis, em face das mudanças de calendário e da falta de registro histórico de confiança.Todas as tradições asseveram que foi nesse período que ocorrera o Seu nascimento.E por que o comemoramos em dezembro? Porque a cultura romana, a sua mitologia propriamente dita, havia reservado o dia 25 de dezembro para a festa pagã do Solis Invictus (o Sol Invencível) logo após o chamado solstício do inverno (22 ou 23), o dia mais curto do ano europeu, celebração essa de natureza sensual para o gozo, para a perversão.Quando os cristãos primitivos resolveram celebrizar Jesus, naturalmente elegeram essa data para o Seu nascimento, a fim de que fosse substituída aquela comemoração, vulgar e perturbadora, por outra de mais alto significado, de conteúdo profundo, que tivesse representação muito maior do que a convencional. Então, transferiram a data do nascimento de Jesus, de abril para dezembro...Dessa maneira, foram empanadas, e mais tarde esquecidas, as evocações aos deuses Baco, Saturno e as grandes entregas à sensualidade. Por que a razão de tantas confusões? Devemos recordar que o calendário primitivo era lunar, e para adaptá-lo à realidade foram necessárias muitas concessões. Entre essas, a colocação de um mês dedicado a Júlio César, o grande conquistador (Julho).A seguir, mais um mês, dedicado a Otaviano, agosto, considerando-o Augusto, conforme fora homenageado. Como conseqüência, houve o acréscimo de mais dois meses, a fim de coincidir com o périplo que a Terra desenvolve em torno do Sol, além de um dia a mais, a cada quatro anos, que o bissexto. Igualmente, Ele não teria nascido no ano 0 da nossa Era. Isso é ainda mais perturbador, porque se assim o fosse, seria necessária uma grave alteração em as narrações evangélicas.Como todos nos recordamos, governava a Palestina, principalmente a Judéia, Herodes, o Grande, que morreu aproximadamente no ano 4 antes de nossa Era. Como Herodes teria mandado matar os recém-nascidos até os dois anos de idade, isso deve ter acontecido dois anos antes de ele ter falecido, o que recuaria a data do nascimento de Jesus para os anos 6 ou 7 antes da convencional vigente em nosso calendário. Mas será importante que Ele tenha nascido no ano 0 da nossa Era ou antes, no ano 6? O importante é que Ele nasceu. Temos esta certeza, porque a história de Jesus está no Evangelho, rica de detalhes dos acontecimentos que Lhe confirmam a existência. A vida de Jesus é também algo paradoxal.Se remontarmos aos mais confiáveis historiadores, aqueles que são aceitos pelos lideres religiosos do mundo cristão, veremos que a Sua vida é tão singular, que a História não define exatamente quando Ele nasceu ou quando morreu. Então, será que Jesus nasceu? Não seria um mito, como tantas outras figuras originadas em nossos arquétipos, que se tornam realidade por uma necessidade de afirmação do nosso inconsciente? Conclusivamente, porém, Jesus foi (e é) um Ser real. Qual seria o aspecto físico e os traços fisionômicos de Jesus? Difícil responder-se. A emissora BBC, procurou fazer uma pesquisa, graças ao código genético de um homem que existiu no século primeiro, e apresentou um Jesus moreno, de traços algo grosseiros, cabelos crespos, dizendo que aquele era um tipo do primeiro século e que Jesus possivelmente teria sido assim.A pesquisa é muito honesta, mas a conclusão, a mim me parece pouco óbvia. Se tomarmos os genes de qualquer um de nós e desenharmos o homem e a mulher do século 21, claro que não será alcançável o biótipo representativo. Somos uma variedade de raças com vários códigos genéticos, não se constituindo em um código-modelo, único, que represente a generalidade.A tradição diz que Jesus, judeu – apesar de os haver de pele negra – era de pele branca e de cabelos claros no tom de mel ou do ouro velho. Os cabelos eram longos, pois era nazareno, e os que nasciam nesse burgo tinham por princípio jamais cortar os cabelos e a barba, porque, na tradição de Moisés raspar o rosto era um desrespeito à dignidade. Eis por que os rabinos, os sacerdotes coptas, os da Igreja Ortodoxa Russa e outros ainda mantêm a barba. O rosto raspado pertence mais à cultura romana. Foram os romanos que lançaram a moda masculina da pele do rosto sem cabelos. Em uma carta atribuída a Publius Lentulus, Jesus apresenta-se com olhos muito transparentes, de tonalidade turquesa semelhante ao céu do entardecer na Galiléia. Deveria ter 1,75 m aproximadamente e pesar entre 65 e 70 Kg. Era um homem magro, sem tórax muito desenvolvido, embora o Seu trabalho fosse de carpintaria, que exige esforço muscular. Era possuidor de voz calma, porte ereto e altivo. A doçura da face, porém, não empanava a energia que dEle se exteriorizava.

Capítulo 2 – Livro: Um Encontro com Jesus – Divaldo Franco – compilado por Délcio Carlos Carvalho – 2007 Luz do Evangelho

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